O exército francês está usando os autômatos avançados da Boston Dynamics para treinamento. O próprio perfil do Twitter da instituição publicou fotos em que mostra um Spot, o cão-robô da empresa, junto a integrantes da École Spéciale Militaire de Saint-Cyr, voltada para formação de militares em exercício.
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De acordo com a publicação, os estudantes estão fazendo apenas um exercício de reconhecimento de campo. A ideia é testar o conhecimento dos aprendizes sobre “os desafios do futuro” e a “robotização do campo de batalha”. Isso levanta o questionamento sobre a possibilidade de investimentos em tecnologias robóticas para uso militar. A escola aponta que o Spot foi só um de vários autômatos usados nos treinamentos.
Os exercícios incluíam entender diferenças entre cenários nos quais havia apenas humanos atuando e, posteriormente, com a parceria dos robôs. O resultado, para os militares, foi de que a participação dos autômatos fez com que as operações ficassem mais lentas, mas também mais seguras.
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21. Je déploie le robot pour reconnaitre OSCAR3.
Retour en images sur l’exercice de recherche appliquée organisé les 30 et 31 mars par l’EMIA et le centre de recherche. Robotisation du champ de bataille : sensibiliser les élèves aux enjeux de demain. #CapaciTERRE #Robots pic.twitter.com/HiZ2BFOZPY— Saint-Cyr Coëtquidan (@SaintCyrCoet) April 6, 2021
Ao jornal francês Ouest-France, a Boston Dynamics disse que não vendeu o Spot diretamente para o exército; e sim via um distribuidor europeu chamado Shark Robotics, sem o conhecimento da intenção de uso. “Vamos saber mais sobre do que se trata. Não está claro o exato escopo desta relação”, explicou Micheal Perry, vice-presidente de desenvolvimento da Boston Dynamics ao The Verge.
A imagem certamente não é uma boa notícia para a Boston Dynamics. Primeiro, porque os próprios termos e condições de uso do Spot não preveem o uso da tecnologia para “machucar ou intimidar qualquer pessoa ou animal, como arma, ou para criar qualquer arma”. Ainda, a empresa diz que tem regras severas que proíbem clientes e fornecedores de adicionarem armas aos modelos dela. Porém, ainda está analisando se a utilização desarmada dos Spots para fins militares é permitida.
A Boston Dynamics já enfrenta a visão de que seus robôs podem ser nocivos no futuro, por conta da cultura criada por filmes de ficção científica. Assim, mesmo sem a participação de militares, a companhia precisa trabalhar uma forma de retirar a conotação negativa dos aparelhos.
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